Entregadores de Santos promovem protesto contra plataforma Keeta em meio a controvérsias e investigação
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3 min de leiturapor Fresh Feeds AI

Entregadores de Santos promovem protesto contra plataforma Keeta em meio a controvérsias e investigação

Entregadores da plataforma Keeta em Santos e São Vicente promovem protesto por melhores condições de trabalho, enquanto a empresa enfrenta investigação policial por espionagem e monitoramento do Cade.

Na manhã deste sábado (8), centenas de entregadores conectados ao aplicativo de delivery Keeta organizaram uma paralisação nas cidades de Santos e São Vicente, litoral paulista, para manifestar insatisfação com as condições de trabalho oferecidas pela plataforma chinesa.

A Keeta iniciou suas operações-piloto no Brasil no dia 30 de outubro, com forte investimento da empresa controladora Meituan, avaliado em R$ 5,6 bilhões. Contudo, menos de uma semana após a estreia, trabalhadores reclamam de condições consideradas abusivas, como penalizações de 30 minutos de bloqueio automático após recusa de corridas e pressão para permanecer online longos turnos sem remuneração por horas consecutivas conectadas. Além disso, denúncias apontam que a empresa não discutiu reajustes de taxas, bônus e remunerações durante reunião recente, focando apenas em resolver problemas técnicos do aplicativo, como consumo excessivo de bateria e falhas de GPS.

Mais de 300 entregadores ameaçam suspender as atividades caso suas principais reivindicações não sejam atendidas. O movimento ganhou destaque após representantes da categoria afirmarem que a plataforma ignora práticas utilizadas pelas concorrentes para equilibrar os direitos dos trabalhadores.

Em paralelo aos protestos, a Polícia Civil de São Paulo iniciou uma investigação sobre denúncias de espionagem contra a Keeta. Segundo boletins de ocorrência de pelo menos oito restaurantes parceiros, indivíduos se passando por representantes da empresa acessaram de forma indevida sistemas internos e dados estratégicos, como volume de pedidos, métodos de pagamento, taxas, remuneração e informações de consumidores.

O cenário reforça a tensão do acirrado mercado de delivery no Brasil, que já está sendo monitorado pelo Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica). Além da Keeta, plataformas como iFood, Rappi e 99 estão sob acompanhamento em meio a disputas comerciais intensas. A iFood manifestou preocupação com práticas consideradas predatórias da Keeta, indicando possível impacto estrutural sobre restaurantes, consumidores e entregadores.

Esse complexo quadro ocorre enquanto a Keeta tenta consolidar-se no país, enfrentando resistência interna dos entregadores e investigações externas sobre segurança e integridade da operação. Os próximos dias serão decisivos para o futuro da plataforma e para a regulação do setor de delivery na região.

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Fontes:

bpmoney.com.br

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