
Apagão Nacional: Incêndio em Subestação do Paraná Desencadeia Corte Controlado de Energia em Todo o Brasil
Na madrugada desta terça-feira, 14 de outubro de 2025, o Brasil enfrentou um apagão que afetou todas as regiões do país. A interrupção foi causada por um incêndio na Subestação de Bateias, localizada em Campo Largo, Região Metropolitana de Curitiba, no Paraná, que resultou na queda de aproximadamente 10.000 megawatts (MW) de carga do Sistema Interligado Nacional (SIN).
O incêndio atingiu um reator da subestação de 500 kilovolts (kV) e levou ao desligamento total dessa unidade, provocando a abertura da interligação entre a Região Sul e Sudeste/Centro-Oeste. Naquele momento, a Região Sul exportava cerca de 5.000 MW para o Sudeste/Centro-Oeste, o que intensificou o impacto da falha.
De forma automática e programada, com o objetivo de proteger o sistema elétrico nacional, houve o acionamento do Esquema Regional de Alívio de Carga (ERAC), que promoveu o corte de cargas em diferentes estados para impedir uma interrupção mais grave. Em números, a Região Sul perdeu cerca de 1.600 MW, o Nordeste cerca de 1.900 MW, o Norte aproximadamente 1.600 MW e o Sudeste em torno de 4.800 MW.
Segundo o Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, este apagão não foi provocado por falta de geração de energia, mas sim por um problema na infraestrutura de transmissão decorrente do incêndio. Ele explicou que o sistema funciona de modo quase totalmente automatizado pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), o qual tomou medidas imediatas para o corte controlado da energia e evitar um colapso maior.
O ONS informou que o restabelecimento da energia nas regiões Norte, Nordeste e Sudeste/Centro-Oeste ocorreu em até uma hora e meia após a ocorrência, enquanto a Região Sul teve a recomposição total por volta de duas horas e meia.
Em São Paulo, por exemplo, a distribuidora Enel informou que cerca de 937 mil clientes foram afetados, mas a energia foi normalizada para todos eles em aproximadamente 8 minutos após o início do apagão.
O Ministério de Minas e Energia e o ONS realizaram reuniões na manhã desta terça-feira para analisar detalhadamente os acontecimentos e discutir ações preventivas que evitem novos episódios similares. O ministro Alexandre Silveira ressaltou a importância do rápido restabelecimento e do aprimoramento das infraestruturas para garantir a segurança do fornecimento.
Este evento se diferencia dos apagões históricos de 2001 e 2021, que ocorreram por falta de energia ou falta de planejamento, enquanto o atual foi causado por uma falha pontual na infraestrutura de transmissão, apesar do sistema contar atualmente com ampla disponibilidade de geração energética.
As autoridades continuam monitorando a situação e conduzem investigações para entender completamente as causas do incêndio e definir medidas para fortalecer a segurança do sistema elétrico brasileiro.
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