
Morte de Preta Gil repercute no Brasil e no mundo; entenda o câncer que vitimou a artista
A cantora, empresária e apresentadora Preta Gil, filha do músico Gilberto Gil, morreu neste domingo, aos 50 anos, nos Estados Unidos, vítima de complicações decorrentes de um câncer no intestino, também conhecido como câncer colorretal[2][4]. Ela estava em Nova York, onde realizava tratamento experimental para combater a doença diagnosticada em janeiro de 2023, após sentir fortes dores abdominais e notar sangue nas fezes[2].
O falecimento da artista teve ampla repercussão nacional e internacional. Veículos de Portugal destacaram Preta Gil como símbolo de luta contra o racismo e pelos direitos das mulheres e da comunidade LGBT+, apontando ainda sua irreverência como marca registrada de sua carreira[1]. Na Espanha e nos Estados Unidos, grandes jornais citaram sua condição de "filha do mito Gilberto Gil" e lembraram sua popularidade, inclusive fora do Brasil[1]. Já no país, o mundo do futebol também manifestou pesar, com clubes rendendo homenagens à artista[1].
O câncer colorretal, que acometeu Preta Gil, é o terceiro tipo de câncer mais frequente entre homens e mulheres no Brasil, com cerca de 46 mil novos casos por ano, segundo estimativas do Instituto Nacional de Câncer (INCA)[2]. Embora a maioria dos diagnósticos ocorra em pessoas com mais de 60 anos, tem-se observado um aumento significativo da doença entre adultos jovens. O câncer de intestino é considerado silencioso e de progressão lenta, o que dificulta o diagnóstico precoce[2].
À imprensa, Preta havia relatado sintomas comuns da doença, como prisão de ventre, fezes achatadas, sangue nas fezes e dor abdominal intensa, o que a levou a buscar ajuda médica: "Fui ao banheiro e senti uma coisa escorrer nas minhas pernas, quando olhei era sangue. Comecei a me sentir mal, tive um desmaio, me levaram às pressas para o hospital, médicos pediram tomografia, ressonância e na primeira tomografia já apareceu o tumor", contou à apresentadora Ana Maria Braga[2].
A família se mobiliza agora para a repatriação do corpo da artista. Gilberto Gil e Flora Gil, mãe de Preta, publicaram uma nota de falecimento nas redes sociais e informaram que estão cuidando dos procedimentos para o translado, que exige documentação oficial, embalsamamento do corpo e atestado sanitário[4]. O processo depende ainda de trâmites burocráticos internacionais e pode sofrer atrasos devido a feriados e necessidade de documentação adicional[4].
Considerada um ícone da diversidade e da resistência, Preta Gil deixa um legado de luta, alegria e representatividade, marcando não apenas a música brasileira, mas também o ativismo social, inspirado diretamente em sua trajetória de vida[1].
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