Hugo Motta reafirma independência dos Poderes e critica sanções dos EUA contra Alexandre de Moraes

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), posicionou-se publicamente contra as sanções impostas pelo governo dos Estados Unidos ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, nesta quarta-feira (30). As medidas foram baseadas na chamada Lei Magnitsky, que permite a imposição de sanções a autoridades estrangeiras acusadas de violações de direitos humanos.

Em comunicado divulgado em suas redes sociais, Motta destacou que o Brasil é uma república soberana, composta por três poderes — Executivo, Legislativo e Judiciário — que devem agir com independência e em harmonia, conforme previsto pela Constituição Federal. Ele enfatizou que o país não pode aceitar sanções externas direcionadas a membros de quaisquer desses poderes, ressaltando a importância da soberania nacional e do respeito à institucionalidade brasileira.

"Como país soberano, não podemos apoiar nenhum tipo de sanção por parte de nações estrangeiras dirigida a membros de qualquer Poder constituído da República", afirmou o deputado. Ainda segundo ele, a Câmara dos Deputados continuará sendo um espaço de diálogo e equilíbrio, especialmente em tempos desafiadores para o país.

Este posicionamento de Hugo Motta surpreendeu setores bolsonaristas que comemoraram inicialmente a punição americana a Moraes como uma vitória simbólica contra o STF. Contudo, Motta rejeitou a ideia de traição ao governo e reiterou sua defesa da harmonia entre os poderes.

Além disso, na mesma semana, Motta mencionou que providências estão sendo tomadas por meio dos órgãos competentes em relação à prisão da deputada federal Carla Zambelli pela polícia italiana, demonstrando sua atuação em diversos episódios atuais do cenário político.

Essas manifestações acontecem em meio a um ambiente político nacional sensível, com debates acirrados sobre soberania, intervenção estrangeira e a separação dos poderes no Brasil.